quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O urânio e seu enriquecimento no Brasil


Entrevista com o professor químico Shirlon, Colégio Integração.

O urânio é extraído em mina em forma de rocha. Cerca de 99,3% é do tipo 238, os 0,7% restante correspondem ao urânio 235 que é o utilizado na construção de bombas atômicas.
Esse elemento da natureza é muito mais poderoso do que o petróleo.  No Brasil 99% de sua utilização é voltada para a geração de energia. 1% é destinado para a agricultura e medicina.
Pelo que se tem conhecimento, há urânio na Bahia, Ceará, Paraná e Minas Gerais. O governo brasileiro, porém, só tem estudos de 25% do solo brasileiro. Mesmo assim, o país tem a sétima reserva mundial do elemento.

Mina de Caetité, na Bahia

Atualmente, há somente uma mina brasileira de onde se extrai essa fonte energética. Ela é denominada mina de Caetité e se localiza na Bahia. O pó sai da mina, passa por um processo de refinamento e vai para a usina de enriquecimento que fica em Resende (RJ).

O “yellow cake”, pó amarelo usado na produção
de energia nuclear.
 
            Até 2006, esse processo, denominado enriquecimento, era feito somente no exterior e o país tinha com isso um gasto anual de 25 milhões de dólares. Ele é de grande importância, pois pode ser usado tanto para produzir energia quanto para fabricar armas atômicas. Por isso, antes de iniciar suas operações, a fábrica de Resende teve suas instalações vistoriadas por inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em 2004, mas acabou tendo seu funcionamento liberado mesmo sem os inspetores terem visto suas centrífugas, tratadas como segredo tecnológico.
            Essa fonte energética, por motivo de segurança, é controlada pelo governo federal. A Eletronuclear é responsável pela geração de energia nuclear e as Indústrias Nucleares Brasileiras (INB) são responsáveis pela extração e beneficiamento do urânio.

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